PREFÁCIO
Honra-me, o irmão Francisco Sávio Ximenes Aragão, com o convite para prefaciar seu primeiro livro. Não tive dúvidas em aceitar o
convite, embora achando que outro melhor conhecedor da história da Maçonaria de Mossoró deveria ter sido escolhido.
Sávio é mais um daqueles que, nascido em outros rincões, chegando a Mossoró, se apaixona pela sua história. Segue os exemplos
dos irmãos Raimundo Soares de Brito e Geraldo Maia. No seu caso, prefere historiar o papel do Grande Oriente do Brasil que pela
extensão de sua influência, através das Lojas, tangencia a historiografia local. Na sua agenda estão colocados importantes fatos
diretamente relacionados às Lojas de Mossoró, bem como, outros ocorridos na cidade e que tiveram efetiva participação maçônica.
Obreiro dos mais dedicados que é, sentiu a necessidade de prestar esse importante serviço à comunidade maçônica e mossoroense,
reunindo informações dispersas em um único trabalho. Não é que a partir de agora possamos dispensar as obras históricas mais
especificas de cada Loja, é que a dificuldade de obtê-las e a pressa do cotidiano impedem a coleta das informações desejadas sobre
nossa Sublime Ordem, agora facilitada pelo trabalho de Sávio. Fica por fazer a historia mais aprofundada das Lojas mais recentes do
GOB: Jerônimo Rosado, Amâncio Dantas e Sebastião Vasconcelos, mas já não desconheceremos a historia das mais antiga,
originadas da mesma potência, como às Lojas 24 de Junho, João da Escóssia, Bet-el e seus luminares.
Os leitores que tiverem acesso a essa obra encontrarão, através de suas páginas, fatos quase anedóticos como o estranho
casamento de José Paulino e Filomena, e a alforria da escrava Maria em comemoração a finalização da construção do Templo da Loja
24 de Junho, que ficaram indeléveis na memória do povo e registrados nos anais da história, ao lado dos fatos maiores como a
questão religiosa, a luta abolicionista e a proclamação da República, todos reflexos da ação maçônica, envolta na turbulência
reinante àquela época.
Quero parabenizar a comunidade pelo presente literário que recebe e ao autor pela maneira espontânea, e quase silenciosa, como
produziu sua obra, marcada pelo estilo cuidadoso e claro que caracteriza o bom escritor.
Mossoró 06 de agosto de 2008
Marcos Antonio Filgueira
Venerável Mestre da Loja Jerônimo Rosado





